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Raimundo Machado de A. Neto, estudante de Jornalismo da Faculdade 7 de Setembro.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

OPINIÃO - Ética e Deontologia no Jornalismo


A palavra ética surgiu a partiu do momento em que os filósofos começaram a pensar sobre o que era correto. Aprendemos que diversos deles eram pessoas das quais achavam que tinham o poder da razão. Estes gastavam horas procurando maneiras e formas de reflexão sobre aquela sociedade da qual fazia parte e presenciava. Diversos filósofos contribuíram para que as ciências fossem aplicadas de tal forma como é hoje. Sabemos que ela só evoluiu na medida em que o homem foi fazendo novas experiências.
O jornalista de verdade é aquele que respeita as opiniões de suas fontes e busca pela verdade. Através disso foi criado o código de ética. Mas como criar um código e respeitá-lo, sem os conhecer suas normas? Cabe a cada um de nós sabermos a importância de tomar cuidado naquilo que iremos analisar e publicar. De acordo com o que eu li, percebi que jornalista tende-se a ser inquieto e não deve, em nenhum momento, deixar de averiguar os fatos e apurar sempre o que é verídico. Lembro-me de um trecho que li em um livro muito interessante do jornalista Ricardo Noblat, natural de Pernambucano e colunista do jornal O Globo:

“Vejam mais e ouçam menos. Dêem menos importância a declarações e descrevam mais o que viram. Ou reconstituam o que não puderam ver.”
De acordo com a cartilha da profissão Jornalista, no ministério do trabalho, são funções desse profissional:
A) Informar ao público com responsabilidade, priorizando a precisão e veracidade da informação, divulgando as notícias com objetividade, honrando seus compromissos éticos com o interesse público. É preciso também respeitar a vida privada e honra das pessoas e se adequar a imagem do veículo.

B) No início do processo de informação, é recomendável que se recuse qualquer trabalho que fira a ética e consciência profissional e assegurar o direito à resposta.

C) Na coleta de informações é preciso confrontar dados, fatos e versões, apurar a informação e pesquisar.

D) É preciso qualificar a informação recebida, questionando e interpretando os dados recebidos
(Glaydson, Jose – O que é ética jornalística para você? – Yahoo Respostas – Internet, 2007).

Muitas pessoas terão opiniões divergentes acerca do assunto, mas meu ponto de vista parte através desse princípio: de que o jornal tenta dar um furo de reportagem, mas às vezes deixa de ser ético, pois o que os empresários querem é a NOTÍCIA, independentemente do assunto da qual se trata. Correto?

Estamos vivendo um monopólio tão grande onde os veículos de comunicação estão buscando a informação com pressas e sem PESQUISA e, que muitas vezes passam esta através de um formato muito superficial, frio e sem sal, mas isso depende de cada caso. Vejo jornalistas abordando sobre POLÍTICA indo direto as grandes críticas negativas do governo. Toda vida quando vão tratar desse assunto, na maioria dos casos, os jornalistas ou especialistas na área falam apenas de aspectos ruins de tal partido, coligação ou candidato. Mas enfim, consultando o dicionário Michaelis veja o que eles afirmam sobre o termo do qual estamos aqui debatendo:

Ética -  1 Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana. É ciência normativa que serve de base à filosofia prática. 2 Conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão, da academia.

Falando-se de ética, podemos também falar de respeito, cidadania e educação. Acredito que todas essas palavras estão interligadas. Posso até estar errado, mas vamos lá:

“Vejo que tanto a injúria, quanto a difamação como algo que agride a moral de uma pessoa.”, afirma Alessandra Silvério, formada em Jornalismo pela Universidade Tuiti do Paraná.

Concordo com vários autores, que jornalista muitas vezes não tem tempo de atender a demanda dos leitores de escrever sobre determinado caso, até por falta de espaço ou até porque a pauta não segue a linha editorial da empresa da qual está representando. Isto justifica mais uma vez que há que existir uma sensibilidade do editor chefe de cada editoria, saber coordenar e dar ordens para seus subordinados sobre o que eles devem escrever e pesquisar. Jornalismo é uma área de profunda pesquisa. Jornalista que não pesquisa, não terá fundamentos aprofundados para conceder inclusive uma entrevista, montar reportagens, produzir documentários, etc. Desculpem ter que afirmar isso, mas é um fato comprovado.

Continuando meu posicionamento, acredito que um jornalista de classe deve sempre possuir em mãos o Código de Ética, consultar e pedir opinião dos demais sobre o que poderá tornar mais interessante para aquilo que deseja oferecer ao seu leitor. Correto?

Faz-se também necessário a constante reformulação da constituição e da intervenção do governo de tomar medidas cabíveis na hora de repassar uma informação. Às vezes uma fonte oficial, nem sempre é a correta. Um assessor de imprensa em certas ocasiões, pode ser menos importante do que um porteiro da sua casa, mais uma vez um ensinamento de NOBLAT.

“A obra criada por jornalista só é protegida pelo direito de autor se estiver assinada por ele. Como qualquer outra criação intelectual de espírito é protegida pelo que apresenta de novo, original, inventivo e criativo”, disse Jaury de Oliveira.

 Finalizando meu pensamento, afirmo que sem sombras de dúvidas a televisão e o rádio são os meios que mais estão avançando em busca da informação, mas a internet não pode ser deixada de lado, ainda mais agora com a chegada do Twitter. Uma sociedade precisa estar em constante observação, em constante atualização. Uma boa fonte é aquela que sabe retransmitir a mensagem que os foi recebida. Um bom repórter é aquele que sabe apurar, anotar no papel e divulga-la. É claro que quem ache que só escrever é essencial para a função de jornalista, mas nem sempre é assim. Um bom profissional é aquele que busca em inovação, pois só assim ele ganha credibilidade e confiança por parte de seus leitores, telespectadores, ou seja, lá o que for.

A comunicação digital avançou. Com a chegada da cibercultura, essa teia gigante chamada Internet tem demonstrado que a informação precisa ser instantânea, precisa, curta, clara. As pessoas tem demonstrado menos vontade de ler nos últimos tempos. Tudo está sendo transportado para o formato digital. A ética da comunicação digital é saber escrever em 140 caracteres o fundamental para manter a pessoa bem informada. SIMPLES ASSIM.



Um comentário:

  1. Olá,
    Gostaria de deixar registrada aqui a minha satisfação e orgulho em ver a citação de um trecho do meu artigo "Jornalismo: uma questão de ética" no texto acima. =)
    Gostaria ainda de aproveitar a oportunidade e convidar aos leitores deste blog a visitarem o meu site no seguinte endereço: www.alessandrasilverio.webnode.com
    Abs,
    Alessandra Silvério
    Jornalista,
    Curitiba / PR

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