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Raimundo Machado de A. Neto, estudante de Jornalismo da Faculdade 7 de Setembro.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Interessante....


É natural ficar acordado até tarde, principalmente na época da adolescência, seja jogando conversa fora na internet ou mesmo assistindo bons filmes, não é mesmo? O problema é justamente a manhã seguinte, em que geralmente acordamos todos rabugentos, seja para ir à escola, faculdade ou trabalho. No entanto, esses hábitos noturnos tendem a diminuir e de uma maneira ou de outra acabamos nos tornando pessoas mais “matinais”. E esse tipo de mudança talvez seja a explicação para um novo estudo que revela que os mais velhos são mais felizes que os que estão na faixa dos 20 anos de idade.

Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Toronto, quem é mais ativo pela manhã é, normalmente, mais feliz! Para tanto, foram estudados cerca de 700 pessoas adultas, divididos em dois grupos – entre 17 e 38 anos e 59 e 79 anos. A pesquisa mostrou que nos primeiros anos da fase adulta, apenas 7% das pessoas aproveita o período da manhã, em contraste os que têm mais de 60 anos, essa estatística se inverte totalmente, onde só 7% das pessoas têm hábitos noturnos.

Mas o que mais interessante e que acabou intrigando os pesquisadores é que pessoas “da manhã” são, na maioria dos casos, mais satisfeitas com a vida do que as noturnas. Entre as explicações possíveis, os cientistas revelam que o relógio biológico das pessoas “da noite” não acompanha suas necessidades do cotidiano e isso faz com que elas fiquem mal humoradas por toda a semana.

Se você é uma pessoa “da noite” e quer mudar seus hábitos, uma dica dos especialistas é deixar a cortina do quarto aberta durante a manhã e se expor bastante à luz do sol matinal, isso acaba alterando seu relógio biológico, o fazendo entender que seu organismo deve estar mais ativo pela manhã, super bacana, não é mesmo?

FONTE: Revista Eletrônica No Pátio (www.nopatio.com.br)

sábado, 16 de junho de 2012

Vandalismo na inauguração do METROFOR

Após 13 anos de muita espera, o Governo Estadual do Ceará inaugurou ontem (15), o seu mais novo sistema de transporte público, o MetroFor. Por enquanto, somente a LINHA SUL está funcionando e, quem faz parte da Grande Fortaleza, poderá desfrutar deste recurso gratuitamente durante as fases de teste. Infelizmente, como pode ser notado na foto abaixo, ocorreu ações de vandalismo por parte dos usuários. É quase loucura ter que acreditar que aconteceu este tipo de situação logo na sua inauguração. Enfim, acho que foi uma extrema falta de respeito com o que é NOSSO, ou seja, do POVO. A gente já paga diversos impostos para o Governo e ainda assim, somos os que praticam tais absurdos como este. É de LASCAR, né meus queridos leitores ? Deixem abaixo a opinião de vocês.

Um forte abraço.


quinta-feira, 7 de junho de 2012

[ENTREVISTA] Felipe Rima - Uma história de superação


A vida ensina...
 Por Raimundo Machado




            A sociedade dos dias atuais mostra que precisamos aprender a conviver com as diferenças e as dificuldades dos outros, principalmente, aqueles que têm algo bom para nos contar. Foi com esse pensamento que conheci Ribamar Felipe Souza Miranda, um jovem rapaz de 24 anos que é produtor musical, nascido na cidade de Fortaleza, filho de: Luziane Pereira Miranda e José Arribamar Miranda.


            Felipe não tem uma formação acadêmica concreta, mas estudou até o Ensino Médio com muito suor e sacrifício no colégio Arquiteto Rogério Froiz. Mas sua grande paixão, sempre foi a música e começou a tocar aos 14 anos, sendo hoje considerado um dos maiores produtores da cena cearense no estilo Hip-Hop e Rap.

Felipe fez um disco que demorou cerca de 1 ano para ser lançado na mídia. Lançado em Setembro de 2011, no Centro Cultural Dragão do Mar, conseguiu vender mais de 2.000 cópias em um curto intervalo de tempo. Pelo reconhecimento de seu trabalho, ganhou prêmios internacionais pela rede norte americana de televisão MTV.

Apesar do sucesso, Felipe nasceu de uma família humilde, e seus parentes viviam no mundo da criminalidade. A vida não foi fácil para esse músico, que em alguns momentos já pegou um revólver nas mãos, mas jamais teve coragem de praticar um crime, pois sua consciência era maior do que tudo. Para ele, “chegar antes do revólver, é ter um microfone”, afirma. Seus irmãos contaram-me que todos já passaram fome, não tinham moradia fixa e condições de sobrevivência muito adversas.

Além da fome, Felipe relata que chegou a “catar latinhas”. Isto é, costumes de uma pessoa que não tem condições de ter mordomias como as que muita gente de classe alta possui. Para ele sua infância, apesar de ter sido sofrida, foi muito boa.

 “Discordo do sistema capitalista, o dinheiro é desumano demais. Felizmente, o que me guia é a minha família, meus parentes e, principalmente, meu pai que atualmente é pastor em uma igreja evangélica – a Assembleia de Deus.”, diz Felipe. Seu pai foi detido e seu irmão, era um ex-presidiário.

 “O rap e a música em geral é a transformação da minha raiva em poesia”, diz Felipe com um sorriso alegre no rosto e muito satisfeito em nos conceder esta entrevista.

A família dele costumava praticar crimes e assaltos na Grande Fortaleza. Hoje, todos saíram desta situação. Felipe criou diversos projetos e é atualmente um grande compositor e criador de “rimas”. Apesar de ter conhecido, não se envolveu com uma das drogas mais perigosas da atualidade e que é retratado a todo instante em programas policiais: O Crack. Suas inspirações surgiram a partir do momento em que ele começou a conhecer as obras do escritor Carlos Drummond de Andrade e a ouvir as músicas das bandas de Rap – Racionais e Facção Central. E, com a chegada da Internet e através do YouTube, começou a escutar Caetano Veloso, Elis Regina, Chico Buarque, dentre outros. As comunidades do Mucuripe e da Zareia, esta última, localizada próximo ao Sistema Verdes Mares de Comunicação, afirmam ter Felipe como exemplo.

Seu trabalho é feito em conjunto com outros produtores da cena e é baseado através da utilização de programas profissionais de edição.

Várias pessoas já se emocionaram com seu trabalho, assim como eu. Sua definição de vida é fazer história. “Na poesia eu renasci”, diz Felipe.

Felipe mora na Praia do Futuro, bem próximo ao Colégio Municipal Frei Tito. Encontrei-me com ele neste local, e muito atencioso ele me leva até sua casa onde lá, entrei no seu quarto pequeno e apertado e começamos a fazer a entrevista. Senti nervosismo no começo, como todo iniciante da área jornalística, mas respirei fundo, e no final percebi que a vida SEMPRE será feita de desafios.

Pedi para ele explicar quais eram suas metas atualmente e me disse que pretende ter uma casa própria e se casar dentro dos próximos 4 anos. Ele sempre pede para seus pais não se preocuparem com ele, pois o que ele mais quer é dar conforto pra sua mãe. “Considero minha mãe uma guerreira”, afirma o produtor. Continuando ele ainda diz: “Fazer música é colocar o sentimento no papel”.

Fiquei mais satisfeito ao encerrar a minha entrevista, quando recebo carinhosamente um presente dele: um livro com histórias de pessoas que vivem na periferia. O livro: Pelas periferias do Brasil – Volume 5, foi idealizado por Alessandro Buzo, de São Paulo, amigo de Felipe.

Felipe me relata que já viajou para a Argentina e emocionado me conta que lá sofreu muitas dificuldades, mas hoje além de Produtor Musical, ele tornou-se Produtor de Eventos e vive bem.

Meu sonho era ser bandido (Passado). Hoje o meu maior sonho é ser um vencedor (Presente), explica o jovem com bastante clareza. “Queria conquistar dinheiro que não fosse pelo tráfico, e não é que acabei conseguindo!”

Concluindo, Felipe Rima (de acordo como é ele é conhecido) é um excelente exemplo de superação para as pessoas. Estou orgulhoso de tê-lo entrevistado.

Considerações finais

Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de ajudar aos futuros jornalistas a ter experiência de trabalho extra-classe, convivendo com a realidade dos fatos, apurando informações, conseguindo fontes excelentes como a de Felipe. Eis que me sinto realizado de ter feito esse trabalho e ter seguido os conselhos da Professora Vânia Tajra. Fica aqui registrado, meu agradecimento a Ana Aline e Nadya, ambas são líderes comunitárias na região do qual entrevistei Felipe. Sem a indicação delas, não teria a capacidade de ter chegado até o meu entrevistado. Meu muitíssimo obrigado a todos! Finalizo aqui com as palavras de Felipe que me emocionaram bastante.

“NA POESIA EU RENASCI!”